quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: SOBERANIA 3 " PASSAPORTE NOVO "


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"O São Paulo é Brasil na Libertadores, amigo". Esse tradicional bordão do futebol foi consagrado justamente em jogos do Tricolor durante os anos de 1992, 93 e 94. A competição se enraizou de tal jeito na alma do são-paulino que padecer 10 anos sem disputá-la foi um verdadeiro martírio.
Da mesma forma que despertou nos demais o mesmo anseio de possuí-la. Anseio este perdido, esquecido, relegado, até o São Paulo resgatá-lo.
Herança de Telê, a relação do SPFC com a Taça supera a questão de identidade. É maior. Carteira de identidade qualquer um pode ter. A questão é o passaporte internacional. Carimbos em suas folhas, de Buenos Aires, Montevidéu, Lima, Santiago, são como títulos de primeira grandeza.
Após tropeços consecutivos entre 2000 e 2002, o São Paulo, com a 3ª colocação obtida no Campeonato Brasileiro de 2003 - o primeiro da história realizado no sistema de pontos corridos - enfim reconquista o direito de disputar a Taça Libertadores da América, em 2004.
Provando ter um gosto todo especial por ela, a média de público da torcida são-paulina em jogos no Morumbi foi superior a 56 mil pessoas. Motivado e com um elenco razoável, o Tricolor chegou às semifinais, sendo eliminado no último minuto pelo Once Caldas, da Colômbia, futuro campeão.
Deixou água na boca. O Tricolor não se contentou. Ao fim do Brasileirão de 2004, novo 3º lugar e vaga mais uma vez garantida na competição internacional. Agora era preciso ser campeão!
Ao mesmo tempo em que inaugurava o Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, para a revelação de novos craques, o SPFC trouxe nomes experientes, como Mineiro e Josué, volantes, e o centroavante Luizão.
O time engrenou. Liderou o Paulistão invicto por 15 rodadas, perdendo a invencibilidade para a Lusa. O título veio a seguir, contra o Santos (0x0), com três rodadas de antecipação. Surpreendentemente, e em um momento crucial, o técnico Émerson Leão deixou a equipe, indo trabalhar no Japão.
A equipe são-paulina já havia realizado quatro partidas na primeira fase da Libertadores (2 vitórias, 2 empates). O auxiliar Milton Cruz comandou a equipe na 5ª (empate fora de casa contra o Universidad de Chile). Seria necessário um nome de peso para levar o Tricolor ao título.
Ele veio, e chegou com absoluta moral. Logo de cara, no Pacaembu, 5x1 no pobre Corinthians, que não tinha nada a ver com a história (afinal, falamos de Libertadores, né?). Paulo Autuori levaria o São Paulo a avançar a passos largos para a conquista de seu tricampeonato sulamericano.

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