quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: SOBERANIA 2 " PONTE AÉREA "


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Até 2001, Torneio Rio-São Paulo era sinônimo de frustração para os são-paulinos. Em 21 participações, o máximo posto obtido havia sido o 2º lugar em quatro ocasiões. Mais do que o baixo desempenho - explicado pela competição ter existido, basicamente, durante o período de construção do Morumbi - tudo parecia acompanhado por altas doses de azar.
Depois ser reativado em 1997, o RJ-SP viu o Tricolor ser vice em 1998 e cair nas semifinais em 1999 e 2000. O São Paulo não andava muito bem das pernas - seus melhores jogadores haviam sido vendidos ao exterior para sanar as contas adquiridas pela reforma de seu estádio.
A solução foi apostar, novamente, nas jovens promessas que, um ano antes, conquistaram a Copa São Paulo de Juniores. Dentre os meninos tricolores estava Cacá - sim, Cacá com "c". A jovem promessa (lapidada desde a infância como uma jóia rara), contudo, sofrera uma fratura de vértebra em um acidente e, recuperando-se, nem era cogitado como salvador da pátria...
Na primeira fase, a irregularidade deu o tom. Classificando-se em segundo no grupo paulista, enfrentaria o Fluminense, então campeão invicto do grupo carioca. No Morumbi, vitória simples (gol de França). O segundo jogo foi dramático. Ao fim da partida, 2 a 1 para o Flu. Decisão por pênaltis!
Rogério Ceni, que já fizera uma de suas melhores partidas com a camisa do SPFC no tempo normal, se consagraria na marca da cal naquelas cobranças. Três chutes defendidos e 7 a 6 no placar final para o São Paulo!
A final seria contra o time da Estrela Solitária, mas o SPFC jogaria desfalcado: Rogério fora convocado para a Seleção. No Maracanã, o Tricolor só emplacou no 2º tempo, quando Luís Fabiano, duas vezes, Carlos Miguel e França definiram o jogo: 4 a 1.
Na volta, 7 de março, 71668 pessoas em um Morumbi eufórico viram a explosão de uma supernova. Ou seja, o nascimento de uma estrela. A partida corria equilibrada. Temiam que o SPFC se complicasse por excesso de confiança. E o temor era justificado: os alvinegros abriram o placar.
"Seria o azar novamente"? Segundo tempo, 15': um garoto com o número 30 às costas entra em campo, sem chamar lá grande atenção. Vinte minutos depois, o franzino rapaz recebe a bola, dribla o adversário e chuta na saída do goleiro. Gol de empate! O primeiro gol de Cacá - futuramente Kaká - com a camisa do São Paulo. Não bastava para a consagração. Veio então o segundo, poucos minutos depois, e o grito de "Campeão!" enfim desentalava-se da garganta do torcedor tricolor.
São Paulo Futebol Clube, Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 2001.
Agora sim a competição poderia se extinguir de vez. E isto não tardou a acontecer...

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