quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: SOBERANIA 1 " ENTRESSAFRA "


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Por pouco o tricampeonato sulamericano não veio em 1994. Muito pouco.
Mais uma vez na final, o São Paulo tropeçou na arbitragem, no Vélez Sarsfield e na tão bem conhecida decisão por pênaltis. Encerrava-se assim um ciclo extremamente vencedor, que elevou o nome do SPFC ao topo do mundo.
Era chegada a hora de renovação. Na Copa Conmebol de 1994, o Tricolor pôs em campo seu time "de aspirantes", com jovens promessas como Rogério Ceni, Caio, Denílson e o já destacado Juninho. O técnico era Muricy Ramalho.
O Tricolor pensava no futuro. E a garotada não fez feio. Eliminou os marmanjos de Grêmio, Sporting Cristal-PER e Corinthians. Na final, não tomou conhecimento do tradicional Peñarol, do Uruguai: 6x1! Verdadeiro massacre.
Das revelações, Rogério Ceni, Bordon, Fabiano e Denílson, seriam novamente vencedores pelo São Paulo. Mais precisamente em 1998, após o regresso do ídolo Raí. Recém-chegado da França, o eterno camisa 10 são-paulino praticamente fez chover na vitória por 3x1 sobre o Corinthians, que deu ao Tricolor mais uma taça de Campeão Paulista.
Todavia, de 1994 a 2000, essas foram as únicas conquistas significativas do clube. No Brasileirão, entre 1995 e 1998 o clube sequer se classificou às fases finais. A maré estava baixa. Mas tudo tinha um motivo. Mais uma vez em sua história o SPFC investia todos os seus recursos no Morumbi.
Interditado a pedido do clube em 1994, o estádio passou por profundas reformas estruturais no fim da década de 90. Jogadores foram vendidos, campanhas promocionais criadas e parcerias adotadas. Tudo para deixar o Cícero Pompeu de Toledo novamente nas melhores condições para abrigar jogos do Tricolor Paulista.
Adaptado a novas condições de segurança e conforto, a capacidade de público do Gigante foi reduzida. Um novo sistema de iluminação, muito mais potente, foi inaugurado em 1999. Em janeiro do ano seguinte, todas as reformas foram finalizadas a tempo de se disputar um torneio de verão, protótipo patrocinado pela FIFA.
Com a casa em ordem, rápida e novamente o São Paulo erguia uma taça de campeão, a do Paulista de 2000, após bater o Santos em dois jogos no Templo Sagrado, com direito a gol de falta do goleiro Rogério Ceni, o primeiro gol de goleiro na história do Brasil em finais de campeonato.
O gigante adormecido estava por despertar.

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