quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: MUNDO 2 " OLÊ, OLÊ, OLÊ, OLÊ! TELÊ! TELÊ"


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Após a péssima campanha no Paulista e um início cambaleante no Brasileirão de 1990, o São Paulo reagiu. Trouxe para o comando de sua equipe um velho mestre. Taxado por muitos críticos como "pé frio", após formar as belíssimas - mas não vencedoras - seleções brasileiras de 1982 e 1986, Telê Santana também buscava sua redenção.
Telê assumiu seu posto em 14 de outubro de 1990, em partida contra o São José (empate em 0x0). Pegou o time na 10ª colocação e o levou à final do campeonato, sendo vice-campeão. Nada mal para quem acabara de chegar e somente pretendia ficar no clube por três meses.
Talvez justamente por sempre acertar contratos curtos, de no máximo seis meses, ou por sua meticulosidade em todas as áreas de trabalho, Telê morava no CT da Barra Funda, acompanhando sempre de perto todos os detalhes da rotina são-paulina. Alguns, porém, brincam que isso se devia também à sua consagrada, digamos, economia em relação a seus gastos.
O Mestre ajustou o time. Raí passou a se impor em campo. Zetti foi efetivado sob as traves, Cafu enfim encontrou o seu espaço (o menino rejeitado em nove peneiras e que nunca desistiu). Leonardo se transformou em um excelente lateral e Ricardo Rocha voltou ao time. Rapidamente a equipe emplacou. No Brasileirão-91, superou o Atlético-MG e chegou à decisão (pela 3ª vez consecutiva) contra o surpreendente Bragantino.
Com a vantagem do empate nas mãos do time de Bragança, o São Paulo necessitava a todo custo vencer o jogo sob seu mando. Em 5 de junho, uma quarta à noite, com um gol sofrido, aguerrido, de Mário Tilico (já acostumado a marcar tentos deste tipo), o São Paulo reverteu sua desvantagem, vencendo por 1 a 0.
No interior, em um estádio acanhado (porém lotado) e com o gramado castigado, agora o empate era Tricolor. Telê fechou o time são-paulino destacando Zé Teodoro para a lateral direita. Ao mesmo tempo fortaleceu o ataque ao avançar Cafu para a ponta. Gênio. Teve grandes chances de marcar e praticamente não correu riscos, salvo aos 33' do segundo tempo, quando o atacante do Bragantino furou, cara a cara com o gol.
Fim de jogo. O São Paulo sagrou-se Tricampeão Brasileiro! Telê Santana era novamente campeão, pondo fim ao injusto estigma que carregava. E ainda era só o começo.
De quebra, no segundo semestre, o Tricolor conquistaria também o Campeonato Paulista, vencendo nas finais o Corinthians, com atuação espetacular de Raí na primeira partida (3x0, todos os gols do camisa 10).
Com o Brasil inteiro a lhe aplaudir, e com Mestre Telê a sorrir novamente, o São Paulo partiu em busca de novos ares e novas conquistas.

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