quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: BRASIL 3 " MAQUINA TRICOLOR "



No início dos anos 80, uma verdadeira revolução ocorreu no Tricolor. A modernidade saltava aos olhos e principalmente ao peito de cada camisa, agora com patrocinadores. Paradigmas se desvaneciam e outros surgiam, ao passo que jovens mentes entravam em ação.
Conhecidos como "Golden Boys", os novos diretores do Tricolor implantaram conceitos de publicidade e marketing, de novas relações comerciais e empreendimentos tanto dentro quanto fora de campo. Vieram os primeiros convênios com clubes estrangeiros, para intercâmbios não só de jogadores, mas de todo um know-how técnico-administrativo.
O novo gerenciamento trouxe mudanças imediatas para dentro das quatro linhas. De uma dessas parcerias internacionais (NY Cosmos), veio o zagueiro Oscar, adquirido com os valores obtidos pela venda de Aílton Lira (comprado junto ao Santos, foi vendido ao futebol árabe por um valor cinco vezes maior que o de seu custo).
A nova era auspiciosa mostrou a que veio quando em menos de uma semana o Tricolor goleou por 4 a 0 seus principais rivais, Palmeiras e Corinthians (5 e 10 de agosto de 1980). Com Waldir Peres, Oscar, Darío Pereyra, Heriberto, Renato, Paulo César Capeta, Serginho e Zé Sérgio, a equipe são-paulina passou a ser conhecida como "A Máquina Tricolor".
Sua primeira prova de fogo foi a final do Campeonato Paulista de 1980, contra o Santos. Domingo, 16 de novembro, 122.209 pagantes (137.209 presentes - o maior público do SPFC em sua história) tomaram conta do Morumbi e viram Serginho Chulapa, aos 40' do segundo tempo, definir a vitória, por 1 a 0. No jogo de volta, mesmo placar. Mais uma vez Serginho deixou o seu. O São Paulo encerrava a década com a conquista de mais um título.
A década seguinte começou, logo de cara, com a disputa de outro. Em 1981, o clube manteve sua base e ainda contratou Éverton e Marinho Chagas. A Máquina Tricolor agora era de aço, Tricolaço, como diziam. No Brasileirão, o SPFC desde sempre figurou entre os favoritos. Nas semifinais, um drama épico: após perder o jogo de ida, no Rio, para o Botafogo (0x1), o São Paulo enfrentava o clube carioca, no Morumbi, e perdia por 2 a 0, resultado que significava o adeus à competição.
Mas o Clube da Fé não leva esse nome à toa. Serginho diminuiu ainda no 1º tempo, Éverton em um pertardo espetacular empatou e incendiou o jogo que ele mesmo definiu ao marcar o gol da virada, fantástica, aos 32' do segundo tempo. O Tricolor iria à sua 4ª decisão de Brasileirão. Nela, o São Paulo tropeçou no Grêmio, em casa. Um vice-campeonato brioso. Segue o jogo.
Da frustração, o elenco tirou a superação necessária para vencer no Paulistão. Atropelando os oponentes, e mais uma vez o rival alviverde (dessa vez por 6 a 2, com direito a gol de chaleira de Mário Sérgio), o Tricolor chegou à final contra a Ponte Preta, que não foi páreo para A Máquina. Após empate em 1 a 1, vitória por 2 a 0 no Morumbi.
A década assim se iniciou. Com avanços no modelo de gestão do futebol, e a conquista do Bicampeonato Paulista, que o clube não obtinha há 10 anos. Muito mais aguardava o Tricolor nos anos que se seguiriam.

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