quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: SOBERANIA " SOBERANO "


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Não há palavra melhor que possa exprimir a potência que é o São Paulo FC. Números, todavia, chegam perto. Como é notório, no Brasil, o clube é o maior campeão mundial e maior campeão sulamericano. Também é o maior campeão brasileiro e, desde que nasceu, o maior campeão paulista.
Acostumado a liderar variados rankings, dos mais diferentes critérios e nos mais diversos períodos (quando no topo não surgia, bom motivo havia), chega a parecer arrogância a simples enumeração destes feitos. Não é soberba, é soberania. Como o último grande feito tricolor bem exalta.
Em 2006, Muricy Ramalho retorna ao clube. Craque dos anos 70, auxiliar de Telê nos anos 90 e campeão com o Expressinho em 1994, Muricy vinha determinado a vencer.
Início do ano, Rogério Ceni passa por artroscopia. Do time campeão do mundo, saíram Amoroso e Grafite. No Paulista, o Vice Campeonato, por um ponto. Na Libertadores, mais uma vez eliminamos o Palmeiras, com direito a gol de Rogério (de pênalti), na partida de volta, no Morumbi. Jogos emocionantes contra Estudiantes e Chivas, e chegávamos à nossa sexta final de Libertadores, contra o Internacional de Porto Alegre. Dessa vez, porém, a sorte passou longe do Morumbi, que também se despediu do ídolo uruguaio Diego Lugano, rumo à Turquia.
Ainda abatido pela perda do título, o SPFC empata com o Cruzeiro, em Belo Horizonte. O que seria apenas um bom resultado foi, na verdade, a redenção: o Tricolor perdia por 2x0, quando um pênalti foi marcado em favor do adversário.
Rogééééério! A grande defesa motivou o Capitão, que ainda marcou dois gols, dando ao Tricolor a igualdade no placar. E assim, com a fantástica reação capitaneada por Rogério Ceni, o Tricolor se reergueu rumo ao título.
Foi o passo inicial para a conquista do Tricampeonato Brasileiro (feito inédito e jamais repetido). O primeiro da trinca, esse mesmo de 2006, acabou vindo com absoluta tranqüilidade. De 38 rodadas, o Tricolor liderou 28. Ao assumir a liderança, na 12ª, não a perdeu mais, sendo campeão dos dois turnos da competição.
O título foi decidido com duas rodadas de antecipação, no empate em 1x1 com o Atlético-PR, no Morumbi. Depois de 15 anos, mais uma vez o Tricolor era campeão nacional. Fato natural para o clube que conquistou o Brasil ao menos uma vez em cada década de existência do torneio.
No ano seguinte, guias e revistas especializados não apontavam o SPFC entre os favoritos. Ainda assim, o Tricolor assumiu a ponta da tabela na 17ª rodada, após emocionantes vitórias fora de casa contra Grêmio e Botafogo. Como de praxe, seguiu até o fim em 1º lugar.
O ponto forte da equipe de Muricy era a defesa formada por Breno, Alex Silva, Miranda e, por vezes, André Dias. Com a incrível média de 0,5 gol sofrido por jogo e uma sequência impressionante de 9 jogos sem sofrer gols, o São Paulo foi campeão ao vencer o pequeno América-RN, por 3 a 0, em casa, com incríveis quatro rodadas de antecipação.
A jóia da coroa seria lavrada em 2008. Novamente a crítica especializada não dava crédito à equipe do SPFC, eliminada da Libertadores no último minuto de jogo no Maracanã. Adriano, o Imperador, recuperado para o futebol pelo Tricolor, retornara a Milão. Ao início do 2º turno, após derrota para o Grêmio (líder da competição até então, 11 pontos à frente do Tricolor), a mídia já destacava em letras garrafais: o São Paulo tem 1% de chances de ser campeão!
Era esta a probabilidade de título que apontavam ao SPFC de Muricy Ramalho e companhia. Talvez a motivação que faltava para a arrancada final: uma série de 18 jogos invictos. Em Brasília, ao vencer o Goiás (1x0), o São Paulo se consagrou. 1% Campeão!
O primeiro Tricampeão consecutivo do Campeonato Brasileiro desde sua criação, em 1971. O primeiro Hexacampeão (77/86/91/06/07/08).
Não somente Tri-Hexacampeão Brasileiro. O Tricolor consagrou-se Soberano.
Soberano por suas glórias, que vêm do passado. Soberano por seu futuro, eternamente promissor.

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