quinta-feira, 21 de julho de 2011

TIME DO CORAÇÃO - HISTÓRIA: BRASIL 1 " FIM DO JEJUM "


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- Primeiro construir a casa, para depois mobiliá-la - Laudo Natel bem dizia.
Não foi coincidência o São Paulo voltar a ser campeão logo após a conclusão de seu estádio. O Tricolor vivenciou um período sem títulos, entre 1957 e 1970. A chamada "fila" durou 13 anos. Tempos difíceis para o são-paulino, que via o clube se dedicar exclusivamente ao Morumbi.
Ainda assim, se comparada às "filas" de outros clubes, foi a menor e, principalmente, a mais justificada. Que patrimônio os demais erigiram em suas épocas de vacas magras?
A fim de mobiliar o maior estádio particular do mundo com os melhores jogadores, o Tricolor investiu pesado. Como a arrecadação do Carnê Paulistão foi excepcional, muito sobrou para a contração de grandes craques. Gérson, Toninho Guerreiro, Edson Cegonha, Pablo Forlán e Pedro Rocha...
No Paulistão de 70, de regulamento simples (10 equipes, turno e returno), o São Paulo deslanchou. A decisão acabou sendo antecipada. Na penúltima rodada, a vitória por 2 a 1 contra o Guarani rendeu o título de Campeão Paulista ao Tricolor, pondo fim ao incômodo jejum. Azar do Corinthians, na seca há 16 anos, que teve que entregar as faixas de campeão aos tricolores no jogo seguinte.
Para saciar a sede de conquistas, um bicampeonato. Em 1971, São Paulo e Palmeiras brigaram, ponto a ponto, pelo título. O Tricolor chegou à rodada final com 1 ponto de vantagem. A decisão seria justamente contra o oponente direto. Casa cheia, e logo aos 6' de jogo Toninho Guerreiro abre o placar.
Aos 22', Leivinha empataria a partida, mas o gol foi anulado pelo árbitro. Gol de mão não vale! De lá até o fim do jogo, nada foi alterado e o São Paulo sagrou-se mais uma vez Campeão. Não se sabe por que os alviverdes reclamam tanto da marcação do juiz. Mesmo o empate daria o título ao Tricolor.
O São Paulo queria mais. Bateu na trave no Campeonato Brasileiro de 1971 e 1973. Vice-Campeão. Em 1974, outra segunda colocação, mais que honrada, na Taça Libertadores da América, quando perdeu no jogo extra da final contra o Independiente, da Argentina.
O time de Chicão, Waldir Peres e Mirandinha seria recompensado pela conquista do Campeonato Paulista de 1975, ao derrotar na final a Portuguesa, nos pênaltis (3x0). Entrou para a história a sequência de 47 jogos invictos (uma das maiores do Brasil), iniciada em 1974 e quebrada pouco antes da decisão.
Parecia clara a soberania Tricolor em termos estaduais, agora com sua própria casa, sempre cheia, ótimos times e grandes títulos. Era chegada a hora de galgar novos horizontes. São Paulo fora conquistado, era a vez do Brasil.

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